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Igreja reflete sobre sua presença nos novos meios de comunicação

A Igreja na Itália prossegue seu caminho de reflexão sobre sua presença no mundo dos novos meios de comunicação.Este itinerário começou em 2002, com o congresso "Parábolas mediáticas", e continua agora, com o congresso "Testemunhas digitais. Rostos e linguagens da era da crossmedia" (Testimoni digitali. Volti e linguaggi nell'era crossmediale), que está sendo realizado em Roma de 22 a 24 de abril.
Frente às rápidas e contínuas transformações de uma rede que chega a modelar cada vez mais nossa forma de informar-nos e comunicar-nos, a Igreja se pergunta sobre o potencial que o "continente digital" oferece também ao anúncio do Evangelho.
O encontro é promovido pela Comissão Episcopal para a Cultura e as Comunicações Sociais e organizado por diversos organismos ligados à Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Entre as personalidades que intervirão no congresso, destacam-se: Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé; o fundador e diretor do Media Lab del Massachusetts Institute of Technology, Nicholas Negroponte; e o presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, o arcebispo Claudio Maria Celli.
O congresso concluirá com um discurso do Papa Bento XVI.
"Estamos em uma nova condição midiática, em um mundo interconectado, no qual os meios de comunicação já não são instrumentos, mas fatores do ambiente", disse o secretário-geral da CEI, Dom Mariano Crociata, em uma coletiva de imprensa para apresentar o congresso.
Por outro lado, o porta-voz da CEI, Dom Domenico Pompili, declarou que o congresso "não pretende seguir modas tecnológicas, mas se interroga sobre a maneira como a rede muda nossa forma de viver e de pensar".
A professora de Sociologia e Antropologia da Universidade Católica de Milão, Chiara Giaccardi, explicou que, para os jovens que moram nas grandes cidades, "o espaço digital se converte em uma oportunidade para alimentar relações que, de outra forma, não poderiam ser cultivadas".
Esta especialista apresentará, no congresso, a pesquisa "Relações comunicativas e afetivas dos jovens no cenário digital" (Relazioni comunicative e affettive dei giovani nello scenario digitale).
No site do congresso (www.testimonidigitali.it), é possível acompanhar ao vivo as sessões de trabalho e acessar, na seção de documentos, os materiais dos trabalhos.
Também é possível ingressar em uma community sobre temas relacionados à evolução dos meios de comunicação.
Além disso, serão publicados comentários e reações em um Talk Blog dirigido por jornalistas, professores e especialistas, e haverá links específicos também no YouTube e na comunidade aNobii.

Itália: corpo do Padre Pio vai para nova igreja

O corpo de São Pio de Pietrelcina (1887-1968) foi levado nesta segunda-feira da cripta do Santuário de San Giovanni Rotonto - cidade onde ele viveu, na província de Foggia, na região italiana de Puglia - até a igreja que leva seu nome.
Os capuchinhos escolheram para isso a data do aniversário da eleição de Bento XVI, que corresponde também com o início de seu 126° capítulo provincial.
A transferência foi autorizada pela Congregação romana para as Causas dos Santos.
A celebração começou com a oração litúrgica da hora nona, às 16h15, no santuário de Santa Maria das Graças (onde repousavam os restos mortais do santo há 42 anos), na presença do arcebispo de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo, Dom Michele Castoro.
A procissão para a transferência propriamente dita até a igreja de São Pio de Pietrelcina começou às 16h30, após um momento de oração e algumas palavras do arcebispo.
A urna que contém as relíquias do santo foi levada por doze frades sobre um carro enfeitado com flores de diversas cores.
Dom Castoro presidiu à Eucaristia às 17h30, com a consagração do altar e a colocação da urna no pilar central da igreja, projetado por Renzo Piano.
O pilar está decorado com mosaicos do padre Ivan Marko Rupnik, com temas das vidas de Padre Pio e de São Francisco de Assis.
A nova basílica foi inaugurada por Bento XVI dia 21 de junho de 2009, durante sua visita a San Giovanni Rotondo. 
O santuário de San Giovanni Rotondo está entre os quatro mais visitados do mundo católico, depois do Vaticano, da Basílica mexicana da Virgem de Guadalupe e do Santuário de Aparecida. Recebe mais de sete milhões de fiéis por ano.
O “apóstolo do confessionário”, como era conhecido o padre Pio (seu nome de batismo era Francesco Forgione), após ingressar na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, foi ordenado sacerdote em 1910.
No convento de San Giovanni Rotondo, fundou a Casa do Alívio do Sofrimento, para acolher os mais necessitados.
Aos 31 anos, começou a experimentar o fenômeno místico dos estigmas (chagas similares às de Cristo pregado na cruz).
Os estigmas se mantiveram ao longo de sua vida. A ferida do costado, assim como outros estigmas, sangrava com frequência e ainda mais durante a Semana Santa. Nas mãos, ele as escondia sob suas luvas de lã.
Os estigmas desapareceram sem deixar marcas a 22 de setembro de 1968, um dia antes de sua morte.
Ao lado de sua reputação de santidade, também se estenderam fortes críticas contra sua pessoa e humilhações.
Foi investigado pelo Santo Oficio, motivo pelo qual durante três anos não pode celebrar missas em público. Após anos de investigação foi demonstrado que tudo era falso.
João Paulo II o beatificou em 1999 e o canonizou em 16 de junho de 2002. Sua festa litúrgica é celebrada a 23 de setembro.

Visita do Papa a Malta supera todas as expectativas

A metade da população do arquipélago de Malta saiu ao encontro de Bento XVI durante sua visita apostólica, um dado que permite compreender o efeito desta que foi sua décima quarta viajem internacional.
Em seu regresso a Roma, padre Federico Lombardi S.J,. diretor do Escritório de Informação da Santa Sé fez o seguinte balanço: “certamente foi sumamente positivo (...) diria que superou as expectativas dos organizadores malteses. Isto porque o calor da resposta, a quantidade espontânea de pessoas pelas ruas, todas tão alegres e cheias de entusiasmo, foi algo que impressionou profundamente”.
Dos cerca de 400 mil habitantes de Malta, estima-se que 200 mil estiveram presentes nas ruas para ver o Papa.
O padre Lombardi, falando aos microfones da Rádio Vaticana, atribuiu esta extraordinária participação às “raízes cristãs” do povo maltês e a sua “grande tradição católica”, que “se manifestou espontâneamente.
Com respeito ao encontro do Papa com vítimas de abuso sexual, ocorrido na Nunciatura Apostólica no domingo, padre Lombardi revelou que “a reunião foi muito simples”, “discreta” e “distante do barulho dos meios de comunicação”. Constituiu um “momento de oração”, seguido pela “escuta atenta por parte do Papa das palavras que estas pessoas queriam dizer, tudo o que sentiam em seus corações e queriam dizer ao Papa na condição de pastor e pai”.
“As respostas foram simples, muito espontâneas, compartilhando a dor, a oração, o alento e a esperança que o Papa podia transmitir a cada uma delas”. “É importante que este tenha sido um encontro no qual cada um pôde expressar o que sentia ao Papa, pois se tratava de curar feridas íntimas e muito profundas”.
“Parece-me que os testemunhos destes participantes, que quiseram falar de modo livre, foram sumamente positivos. Eu, que estava presente, pude ver que o clima era de profunda comoção, mas também muito sereno e pleno de esperança, de cura e de reconciliação”.
O diretor do “L'Osservatore Romano”, Giovanni Maria Vian, disse que “neste processo incessante de purificação, a Igreja de Roma é chamada a servir de exemplo, e é isto o que está fazendo seu bispo, desde o dia em que foi eleito como sucessor de Pedro”.
“Por esse motivo, também em Malta, Bento XVI indicou um caminho para seus fiéis e para o mundo, ao encontrar-se com as vítimas”, afirmou. “Para declarar sua vergonha e sua dor, e para assegurar que todo o possível está sendo feito para que a justiça seja estabelecida”.

Papa: cristãos devem ter coragem de falar da vida eterna

"A obediência a Deus tem a primazia" e torna o homem verdadeiramente livre, inclusive para opor-se à ditadura do conformismo. Esta foi a mensagem de Bento XVI na homilia da Missa celebrada hoje com os membros da Pontifícia Comissão Bíblica.De 12 a 16 de abril, de fato, está sendo realizado no Vaticano a plenária da Comissão, sob a presidência do cardeal Willian Levada, sobre o tema "Inspiração e verdade da Bíblia".
Segundo informou a Rádio Vaticano, o Papa, recordando as palavras de São Pedro no sinédrio, afirmou: "Deve obedecer-se antes a Deus do que aos homens. (...) E preciso sublinhar que a obediência a Deus dá a Pedro a liberdade de opor-se à suprema instituição religiosa.
"Pelo contrário, nos tempos modernos - observou Bento XVI - teorizou-se a libertação do homem, também da obediência a Deus: o homem seria livre, autônomo e nada mais."
"Mas esta autonomia - prosseguiu o Pontífice - é uma mentira, uma mentira ontológica, porque o homem não existe para si mesmo e por si mesmo; é uma mentira política e prática, porque a colaboração e a partilha das liberdades são necessárias e, se Deus não existe, se Deus não é uma instância acessível ao homem, permanece como suprema instância somente o consenso da maioria."
"Depois o consenso da maioria, torna-se a última palavra à qual devemos obedecer, e este consenso - sabemo-lo da historia do século passado - pode ser também um consenso no mal. Assim, vemos que a chamada autonomia não liberta o homem."
"As ditaduras estiveram sempre contra esta obediência a Deus", sublinhou o Papa.
"A ditadura nazista, assim como aquela marxista, não podem aceitar um Deus acima do poder ideológico e a liberdade dos mártires que reconhecem Deus... é sempre o cto da libertação, no qual chega a liberdade de Cristo a nós."
Hoje, no entanto, existem formas sutis de ditadura: "Um conformismo pelo qual se torna obrigatório pensar como pensam todos, agir como agem todos, e a sutil agressão contra a Igreja, ou também menos sutil, mostram como este conformismo pode realmente ser uma verdadeira ditadura".
"Para os cristãos - acrescentou Bento XVI -, obedecer antes a Deus do que aos homens supõe que se conheça verdadeiramente a Deus e querer verdadeiramente obedecer."
"Nós, muitas vezes, temos um pouco de medo de falar da vida eterna. Falamos das coisas que são úteis para o mundo, mostramos que o cristianismo ajuda também a melhorar o mundo, mas que a sua meta seja a vida eterna e que da meta venham depois os critérios da vida, não ousamos dizê-lo."
"Então - prosseguiu o Papa -, devemos, pelo contrário, ter a coragem, a alegria, a grande esperança de que a vida eterna existe, que é a vida verdadeira e que desta vida verdadeira vem a luz que ilumina também este mundo."
Nesta perspectiva - recolhe a Rádio Vaticano -, "a penitência é uma graça, graça que nós reconheçamos o nosso pecado, que reconheçamos que precisamos de renovação, de mudança, de uma transformação do nosso ser".
"Devo dizer que nós, cristãos, também nos últimos tempos - observou -, muitas vezes evitamos a palavra penitência, que nos parece dura demais. Agora, sob os ataques do mundo que nos falam dos nossos pecados, vemos que poder fazer penitência é graça e vemos como é necessário fazer penitência, isto é, reconhecer aquilo que está errado na nossa vida."
"Abrir-se ao perdão, preparar-se para o perdão, deixar-se transformar. A dor da penitência, isto é, da purificação e da transformação, esta dor é graça, porque é renovação, é obra da Misericórdia divina", concluiu.

Haiti: Cáritas continua a levar esperança após o terremoto

Transcorridos 3 meses desde o terremoto que devastou o Haiti em 12 de janeiro, já se verificam progressos, graças também aos esforços da Cáritas, que já atendeu mais de 1,5 milhão de sobreviventes da tragédia.
O terremoto causou 230 mil mortes, destruiu completamente a infra-estrutura do país e deixou mais de 3 milhões de desabrigados.
Membros da Cáritas de mais de 60 países atuaram nos trabalhos de suporte e de atendimento de emergência, fornecendo comida, alojamento, água potável, locais seguros para que as crianças possam brincar e estudar, além de assistência médica e psicológica.
A rede Cáritas já mobilizou mais de 10 milhões de euros para as operações no Haiti e planeja atuar na crise ao longo dos próximos 5 anos, buscando ajudar os habitantes a construir um país auto-suficiente.
A organização trabalha em cooperação com diversos organismos internacionais para fornecer alojamentos provisórios aos desabrigados, e até o momento já disponibilizou tendas para cerca de 100 mil pessoas em acampamentos improvisados.
Os projetos de assistência médica já beneficiaram mais de 350 mil haitianos. Foram construídas 25 escolas provisórias e 53 instituições de ensino receberam apoio para retomarem suas atividades. A Cáritas desenvolve também uma série de projetos de crianças e de suas famílias, separadas pelo terremoto.
A organização promoveu ainda dois encontros de agricultores, onde foram fornecidos cupons para a aquisição de sementes, fertilizantes e outros insumos agrícolas. A Cáritas atua também em conjunto com os agricultores, tendo em vista evitar a erosão do solo, promovendo o plantio de árvores frutíferas.

Desarmamento nuclear, “boa notícia” para Santa Sé

Uma “boa notícia”: com estas palavras, a Santa Sé acolheu a assinatura do Tratado de Redução de Armamentos Nucleares Estratégicos (START-2), entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia.
A assinatura do tratado aconteceu no dia 8 de abril, na sala espanhola do Castelo presidencial de Praga, onde o Papa se dirigiu ao Corpo Diplomático, no dia 26 de setembro de 2009, para exigir “novos modelos na vida pública e de solidariedade entre as nações e povos”, sem os quais o futuro da justiça, paz e prosperidade ficará sem resposta.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, considera que, do ponto de vista exposto pelo Papa, o tratado START-2 “é uma boa notícia”.
De fato, constata, “supera-se uma situação de impasse e se retoma o caminho rumo à redução e, esperamos, à eliminação dos arsenais bélicos”.
O tratado limita o número de ogivas a 1.550 e os foguetes, a 800. Supõe uma diminuição de 30% com relação ao Dsnp e de 74% com relação ao START-1.
As armas nucleares permitidas pelo tratado “são sempre suficientes para destruir o nosso planeta, mas são mais reduzidas em relação ao período de acúmulo sem limites, inútil e ilógico”.
“Falar justamente de paz, de confiança e de solidariedade quando ainda existem milhares de ogivas nucleares potentíssimas, é provavelmente muito otimista, mas se trata do caminho justo, e é urgente prosseguir nele”, reconhece o Pe. Lombardi.
Para o porta-voz, com este acordo “se torna mais crível falar de não-proliferação nuclear aos Estados com esse tipo de ambição, e será possível destinar recursos econômicos, científicos e humanos às necessidades mais urgentes da humanidade e do seu desenvolvimento”.
“Todo esforço nesta direção deve ser encorajado e a Igreja sempre apoiará os agentes de paz”, conclui.

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